Meu Diário | Dia 3: LIDANDO COM O MAU HUMOR
Num dia está tudo bem e tranquilo. Vamos dormir felizes e realizadas sem nem imaginar que, na manhã seguinte, ele iria surgir: o mau humor. Pois é, isso aconteceu comigo hoje e quero compartilhar com vocês como lidei com essa visita nada agradável.
8:00 da manhã
Vejo o mau humor como uma nuvem carregada que transforma o colorido em cinzento, o brilhante em opaco, o doce em amargo.
E sinto que esta nuvem surge inesperadamente, sem aviso prévio.
Uma hora estamos lá, felizes e satisfeitas, quando, de repente...cabrum! A tempestade começa.
Sei que, se não me atento, aquilo que é uma leve irritação pode se transformar em uma intensa raiva. E daí pra frente, se não houver um grande autocontrole, tomo atitudes erradas que, no final do dia, terão se transformado em culpa e remorso.
Então sei que preciso interromper este processo o quanto antes. E foi isso que tentei fazer hoje.
Engraçado que, no início da manhã, estava tudo leve e tranquilo.
Tomamos nosso café, ouvimos nossa música, conversamos, demos risada.
Parecia que seria mais um dia alegre aqui em casa.
11:45 da manhã
Tive uma notícia um pouco chata em relação ao meu trabalho. É algo que normalmente eu aceitaria tranquilamente, não daria muita importância, mas hoje, por algum motivo, aquilo me pegou.
Pensamentos chatos foram despertados:
"Não sou boa o suficiente",
"Devo estar fazendo algo errado",
Até o dramático: "Será que devo desistir?" passou pela minha mente. A partir disso, pequenas coisas do meu cotidiano começaram a me deixar aborrecida, e eu percebi que não seria saudável continuar por este caminho. Porém, para mim é extremamente difícil conseguir quebrar esse ciclo do mau humor por conta própria. Parece que vou sendo, pouco a pouco, sugada para dentro daquela nuvem. Portanto, busco ajuda. Conversar com alguém que e ame e me compreenda é essencial para que eu vá voltando ao meu estado de contentamento.
2:30 da tarde Pouco antes do almoço, liguei para a minha mãe com o meu pedido silencioso (ou melhor, nervoso) de ajuda. Na verdade, não lhe disse que queria o seu auxílio para mandar o mau humor para longe. Eu estava tão irritada que só consegui reclamar e me lamentar. Mas, bem, eu não preciso dizer tudo com todas as letras para que ela me entenda e saiba do que preciso. Alguns minutos de conversa foram o suficiente para que eu começasse, aos pouquinhos, a ver novamente as cores, o brilho e a doçura que me cercam.
Porém, nada é um passe de mágica.
Os resquícios daquela tempestade continuaram ecoando. Lá longe, eu ainda conseguia ouvir um ou outro trovão.
Mas é como a chuva que vai parando. No final, nós já sabemos, aparece o arco-íris (tão clichê dizer isso, mas não resisti haha!).
7:30 da noite
Passei uma tarde tranquila.
Entendi que hoje foi um desses dias em que o mau humor teima em aparecer e me atentei para frear a sua intensidade.
Porém, percebi que eu deveria respeitar meus sentimentos. Percebi que não deveria me forçar a querer sentir uma alegria exuberante; deveria, sim, ter um dia mais calmo, mais introspectivo. Um dia mais silencioso.
Meu conselho para vocês, minhas queridas leitoras que também passam por estes momentos de mau humor, é o seguinte:
Quando sentirem que a tempestade se aproxima, conversem com alguém que seja, para vocês, um porto seguro.
E respeitem o que sentem. Controlem a ira, mas não passem por cima daquilo que seus corações pedem nos dias não tão bons: calma para entender quais reflexões aquela nuvem veio lhes trazer.
Essa nuvem aparece muito para mim. Evito a todo custo descarregar nas pessoas próximas e busco me acalmar e esperar passar. Amei a dica da busca pelo porto seguro 😊