UMA MESMA MANHÃ
Um conto sobre o poder que nós temos sobre decidir de que forma iremos enxergar nossos dias.
QUANDO ESCOLHO ENXERGAR COM DESCONTENTAMENTO
Pouco antes das cinco, um pequeno sabiá cisma de cantar na minha janela, me despertando no meio de um bom sonho. Puxa, queria tanto aproveitar o domingo para dormir até um pouco mais tarde e descansar, tranquila, sob os lençóis frescos.
Como o sono já não vem mais, não há outra opção senão me levantar da cama.
Ainda está escuro e é preciso acender alguns abajures para que eu consiga fazer as minhas leituras da manhã; a luz baixa acaba fazendo com que uma certa preguiça e falta de concentração me acerquem, então decido me encaminhar até a cozinha e preparar uma xícara de café. A louça quente quase queima as minhas mãos enquanto volto para a sala e, ao colocá-la sobre a mesa com rapidez, algumas gotas sujam a toalha. Nossa, tudo isso está acabando com a minha vontade de ler.
Começo a fazer, sentindo uma leve má vontade, meu devocional mas, assim que o sol começa a nascer, minha filha acorda e me chama. Paro tudo o que faço para ir até ela. Termino minhas leituras junto da minha pequena, e isso significa que não consigo cumprir com perfeição tudo que havia programado para ler hoje, infelizmente.
Durante o preparo do café da manhã, regado a músicas, a família toda organiza os alimentos e arruma a mesa. Verdade seja dita: se eu tivesse feito tudo sozinha, o café já estaria pronto bem antes.
Sentados à mesa, perco a paciência por um motivo sem importância, e passo o restante da manhã com uma incômoda sensação de remorso.
Nossa! Que dia difícil!
QUANDO ESCOLHO ENXERGAR COM CONTENTAMENTO
Pouco antes das cinco, um pequeno sabiá canta na minha janela, me despertando com leveza. Me alegro em ter acordado cedo e poder aproveitar o comecinho da manhã. Me espreguiço lentamente sob os lençóis frescos.
Já me sentindo bem acordada e disposta, me levanto da cama.
Ainda está escuro e é preciso acender alguns abajures para que eu consiga fazer as minhas leituras da manhã; a luz baixa traz um clima de muito aconchego, então fico com vontade de me encaminhar até a cozinha e preparar uma xícara de café. A louça quente aquece minhas mãos enquanto volto para a sala e, ao colocá-la sobre a mesa com rapidez, algumas gotas sujam a toalha: depois do café da manhã, irei lavá-la e deixá-la secando ao sol: sem dúvida o cheirinho de roupa lavada trará um ar de romantismo extra para o nosso domingo.
Começo a fazer, me sentindo inspirada, o meu devocional mas, assim que o sol começa a nascer, minha filha acorda e me chama. Paro tudo o que faço para ir até ela. Termino minhas leituras junto da minha pequena, e isso significa que tenho a sua preciosa companhia nessa hora tão especial do dia.
Durante o preparo do café da manhã, regado a músicas, a família toda organiza os alimentos e arruma a mesa. Verdade seja dita: eu poderia ter feito tudo mais rapidamente se estivesse sozinha, mas como é mais gostoso termos esse tempo alegre juntos.
Sentados à mesa, perco a paciência por um motivo sem importância, e uso essa tribulação como uma oportunidade para pedir perdão e me mostrar vulnerável a quem mais amo.
Nossa! Que dia gostoso!
Então, minha querida leitora, me conte: Como você decide enxergar os seus dias? Qual visão você terá sobre cada pequeno acontecimento do seu cotidiano? A escolha é sua!
Eu acho que de certa forma todas nós, mães que inevitavelmente se cansam, acaba por ter essa postura do sem contentamento. Mas conteúdo como o seu nos ajuda a resgatar a gratidão em celebrar o lar, a família e até mesmo o cansaço. Afinal, é justo que custe muito aquilo que muito vale.
Obrigada pelas lindas e inspiradoras palavras.
Levarei pro sono. Espero acordar amanhã e praticar o contentamento com minhas crianças e meu .
Obrigada por trazer esse conto Andréia! Muito real, muitas vezes vejo tudo com peso e acabo estragando momentos alegres, em outros consigo ser mais leve d ver tudo de um jeito bom 💕